A postagem de hoje foi criada a partir de um pedido específico de uma amiga/cliente para desenvolver um conteúdo sobre os nossos produtos. Essa abordagem faz parte do meu [eu] de trabalho... aliás, quero abordar cada vez mais essa simultaneidade que habita em mim. Ela pediu um texto que falasse sobre a RoxetteStore — e eu enviei o meu conceito íntimo (de hoje) sobre a marca. A Roxette é uma referência — uma experiência criativa e de vida dos anos 80 e 90 — entre luz e sombra, arte e música. O formato de produção, a comunicação da marca em todo o processo, a linha criativa e a experiência de cada entrega refletem essa essência. A importância do contato direto, sem interferências e sem camadas, é o que nos mantém em sintonia com quem nos inspira. A criação acontece em todos os quadrantes da marca: ela flutua entre produto, imagem e design, devolvendo ao mundo o melhor de todos esses universos. E, neste momento, declaramos abertamente — estamos em movimento. Desde 2018, ousamos...
Várias voltas na Terra depois, ainda me perco no êxtase dessas linhas escritas com tantas verdades emocionais vividas em cada momento.
São 281 postagens suavemente desenhadas de emoção, amor, dor…
Micro e macro vitórias que me enchem de orgulho, colocam um sorriso nos olhos e acendem um calor no coração que se expande como ondas perfeitas nessa timeline que é a vida.
Entre dias que passavam, treinos rabiscados, dietas e provas concluídas, eu vivi a intensidade de cada instante.
E há tanto sentido em tudo isso que, mesmo hoje, sendo uma pessoa com tantas novas gavetas a organizar, continuo integrada a cada palavra aqui deixada.
E o que dizer dessa postagem que permaneceu no rascunho?
Meu coração sentiu a dor do silêncio e da finitude…
Trinta e um dias depois de não tê-la publicado, a vida empurrou meu coração para o outro lado do caminho.
42 anos e 42 Km até que combinam :-)
Ah, só eu sei o quanto estou viva novamente com um abacaxi desses pra descascar!
Sim, tanto tempo envolvida em questões que vão além do que podemos imaginar, e resolvi me jogar de corpo e alma nessa enrascada.
À exatos 90 dias da Maratona me mato pra fechar uma planilha que vai me levar a exaustão e os 42 que sempre me fizeram sonhar tanto, me pergunto: Por que não agora? Faço 42 anos em maio e logo ali... em junho, cá estamos com a Maratona batendo à nossa porta.
Poderia dedilhar muitos versos e prosas para as infinitas tristezas e pequenas vitórias que o Alzheimer da mãe nos trouxe e continua nos trazendo, mas uma coisa é incontestável nesse processo todo, o amor é uma atmosfera que envolve, acalma, protege e une, infinitamente uma família.
Mas uma das grandes armas para suportar um processo doloroso como esse sempre foi a corrida.
Já não participo mais de provas à bastante tempo e o meu ritmo, meu corpo e todo essa máquina já não é mais a mesma... mas e daí?
Ok, só quero correr e chegar lá!
42K depois sei que vou sentir tudo diferente, todo mundo fala isso.
Tenho imenso prazer em imaginar sentir isso... adoro ler relatos das primeiras provas de 42 de amadores... são sempre carregadas de muita emoção. Não é o tempo, não é a performance, é a bravura de fechar aquela marca que te torna mais um entre tantos que já conseguiram.
Olho pro lado e vejo minha mãe linda e serena no leito à tanto tempo... ela bravamente luta dia após dia pra continuar nessa guerra perdida. Mais inspiração que isso, é impossível.
Todo treino árduo precisa de sono reparador e isso é um artigo de luxo que não experimento á muitos meses. Mas vai ser sem dormir mesmo :-)
Então, mesmo com todo esse déficit do organismo, enfiei na minha cabeça geminiana que em 90 dias eu consigo, e não tem jeito de desfazer isso agora.
Em 12/04/2017, ela descansou.
Em nossas manhãs matutinas, fizemos história e riscamos as ruas da cidade com o nosso amor.
Até isso eu carrego aqui: o despertar desse vilão silencioso, que mumificou a história que sonhávamos escrever… e, ao mesmo tempo, acendeu em nós um capítulo infinitamente mais puro de família — um capítulo que jamais teríamos vivido se não tivéssemos sido tocados por esse revés.
Tirei o pó da minha máquina de escrever interna e, de ontem em diante, fiz um pacto comigo mesma: dar check em cada capítulo, cena, ideia, moodboard, projeto, respiração e nos novos amanheceres.
Tenho 50 anos — e dos 42 aos 50 a passada mudou.
Com isso, fui transformando a minha história, enxergando no limite do horizonte um foco novo, uma raiz profunda, um retrato em preto e branco e uma viagem sideral que me devolveu ao final dos anos 80.
Dos anos 90, trago o meu ajuste fino: a paixão calibrada, as supermodels, os magos da fotografia e uma estabilidade offline irretocável.
Posso me perder em reticências e ironias, mas todas têm a mesma raiz: um frame não retocado da minha Nikon.

Muito orgulho de te ver escrevendo e tirando a poeira da tua máquina de escrever interior, uma aula de escolha de palavras e tato. Me sinto muito orgulhoso de tu estar te conectando com coisas que tanto te fazem bem. Que venham os próximos capítulos (e quem sabe os 42K!) <3
ResponderExcluirHá tanto de ti em tudo aqui. E mesmo nos novos capítulos, sei que estarás refletido de muitas formas em cada um dele.
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